O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) apresentou, dia 27 de Fevereiro, na sede da UGT, um estudo sobre a avaliação dos riscos psicossociais na carreira dos Oficiais de Justiça.
Este Estudo reveste-se fundamental numa altura em que a Administração Pública e os trabalhadores se encontram sujeitos a pressões intensas, resultantes da tensão salarial, da redução de efectivos, da criação de quadros de instabilidade e da pulverização do trabalho.
Com este estudo, é possível conhecer os principais stressores (desadequação do regime de aposentação, instabilidade salarial, etc.) bem como os mais relevantes efeitos organizacionais deles decorrentes (absentismo elevado, incidentes e acidentes, redução do desempenho, entre outros).
Com uma amostra representativa de participantes, os resultados apontam para riscos elevados em áreas como:
Exigências emocionais – Risco elevado (78%)
Ritmo de trabalho – Risco elevado (75%)
Exigências cognitivas – Risco elevado (75%)
Risco de burnout – Risco elevado (54%)
Conflito trabalho-família – Risco elevado (50%)
Exigências quantitativas – Risco elevado (46%)
Stress – Risco elevado (40%)
Problemas em dormir – Risco elevado (40%)
Sintomas depressivos – Risco elevado (34%)
De acordo com o Professor Samuel Antunes, Managing Partner da Think People, os resultados são preocupantes e requerem uma rápida intervenção por parte do Ministério da Justiça no sentido da implementação de acções que permitam reduzir estes riscos e o seu impacto, em termos de saúde física e mental, bem como de promover um maior bem-estar e qualidade de vida no trabalho dos Oficiais de Justiça Portugueses.
O Ministério da Justiça tem de assumir as suas responsabilidades e isso mesmo exigiremos.
Lisboa, 2019-03-03