BALANÇO: GREVE DIA 6 DE DEZEMBRO

Os Oficiais de Justiça estão em luta, desde o dia 10 de janeiro de 2023, por melhores condições de trabalho, o reconhecimento da carreira, e um “Portugal mais Justo”.

A campanha intimidatória levada a cabo pela DGAJ, socorrendo-se de artifícios pouco próprios, indignos mesmo de uma entidade pública (elaborando listas de serviços mínimos, sabendo que eles inexistem para este dia de greve), não surtiu efeito, uma vez que os Oficiais de Justiça não se intimidaram e a greve decretada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), teve hoje uma adesão de 85% a nível nacional.

É inaceitável, inqualificável até, que o Ministério da Justiça insista em não dar resposta aos trabalhadores, prosseguindo com a conflitualidade dentro dos tribunais, mantendo o país e o povo desprovidos de um verdadeiro e eficaz Sistema Nacional de Justiça (SNJ).

Os dados estatísticos conhecidos, que tantas vezes servem aos governos, demonstram que Sua Excelência a Senhora Ministra da Justiça vive em negação, pois a taxa de resolução dos processos, em 2024, é a pior dos últimos 10 anos (ver documento aqui).

A Senhora Ministra da Justiça muito se orgulha de ter alcançado um acordo pífio com um Sindicato, mas omite o “feito” de ter alcançado a pior taxa de resolução de processos desde 2014.

A conflitualidade dentro dos tribunais mantém-se e as políticas dos sorrisos, e o “negacionismo” da Senhora Ministra da Justiça, não resolvem os processos que se acumulam ou prescrevem no “silêncio” dos gabinetes.

Assim, o Sindicato dos Oficiais de Justiça saúda todos os Oficiais de Justiça que, uma vez mais, não se deixaram intimidar e mantiveram-se firmes, encerrando a maioria dos tribunais do país.

A Justiça, por responsabilidade do Governo e da Senhora Ministra, vai manter-se adiada, ainda que alguns processos possam ser arquivados com celeridade!

Lisboa, 2024-12-06

Últimas Noticias